ELA O LEVA A PECAR
Ontem (19/04/2016) eu assisti o
famoso sermão do Piper – O sentido último da verdadeira feminilidade – e ele
falou algo muito interessante: “Me sinto honrado em estar falando às pessoas
mais influentes do mundo”. Ele frisa que faz distinção entre autoridade e
influência. Eu fiquei pensando nessa fala dele e, como esse texto já estava
incompleto há uns dias, decidi concluí-lo inspirado no que ouvi.
NÓS, MULHERES, SOMOS OS SERES MAIS INFLUENTES
DESSE MUNDO.
Todos sabemos que o
poder se persuasão feminino é muito alto. Já vi homens e mulheres admitirem:
“Quando a mulher quer, ela faz com que o homem queira também”. Claro que isso
não é uma verdade absoluta sem controvérsias, mas que a mulher tem uma
facilidade imensa de convencer o homem (e até outra mulher) das suas ideias,
isso é verdade! Um exemplo disso é a própria Eva que levou Adão a pecar (e eu
não pretendo dedicar preciosas linhas para combater a interpretação feminista
equivocada sobre isso).
Mas o que eu quero
falar, é sobre o fato de nós instigarmos nossos parceiros ao erro e não o
contrário. Fomos chamadas para auxiliar o homem. Ele tem sobre nós autoridade (figura
de Cristo e a igreja) mas isso não faz de nós seres insignificantes e uma peça
irrelevante no casamento. Muito pelo contrário, somos de fundamental
importância para a educação dos filhos, a manutenção do lar e alegria dos
nossos maridos.
Como auxiliadoras,
nosso dever é encorajá-lo no seu serviço ao Reino. Se meu marido é Pastor, eu
devo cooperar para que ele tenha sucesso na execução do seu serviço. Temos a
obrigação de ajudar nossos maridos a serem santos e não a pecarem mais e mais. Eu
ouvi uma mulher muito sábia dizer que “a santificação não é só nossa. Nós
podemos ajudar a outros a crescer em santidade”. Uma mulher santa, santifica
seu parceiro e sua casa. Uma mulher imunda (suja, ímpia), se sufoca no erro e
leva outros a fazê-lo.
Esses dias tenho
lidado diretamente com um casal que mantém um relacionamento ilícito. Ele, que
é meu parente, está completamente apaixonado pela tal mulher. Ela, nem tanto.
Já conversei com ele diversas vezes, já aconselhei de toda as formas que pude
mas ela o leva a pecar. Por mais que ele esteja apaixonado por ela, se ela
fosse tão temente a Deus como aparenta ser, ela não o levaria mais e mais ao
erro. Antes, as respostas dele eram “não quero perdê-la”, hoje ele já responde
“não dá mais pra voltar atrás”, como se, realmente, estivesse preso e não
pudesse se desfazer disso por conta dela.
Sinceramente, não
sei como ela consegue ser tão egoísta a tal ponto. Eu vejo ele fazendo elogios
a ela constantemente e eu me pergunto: “Se ela é mesmo tudo isso, o que
aparenta ser, como pode ter tanto prazer no pecado e ainda levá-lo a pecar”? Eu
não estou desconsiderando a responsabilidade que ele tem como pecador, mas nós
somos os seres mais influentes do mundo e eu acredito nisso!
Poxa, eu fico
observando as consequências desse pecado na vida do meu parente e ele não é
feliz. Não dorme, não tem paz, vive uma perturbação diária e um tormento de
consciência que parece não ter fim. Não há uma vez que converse com ele, que
ele não exponha (subjetivamente) a sua vida frustrada e sua situação deprimente.
O pecado tem consequências mais visíveis do que pensamos, e por conhecê-lo bem,
eu diagnostico: Síndrome de Salmotose Trintaedoismiose.
“Enquanto eu mantinha escondidos os meus
pecados,
o meu corpo definhava de tanto gemer.
Pois dia e noite a tua mão pecava sobre mim;
minhas forças foram se esgotando como em tempo
de seca.”
(Salmo 32.3-4)
Imagina viver dia e
noite com uma mão pesada sobre a sua cabeça. Você está de pé, mas com um peso
na cabeça que te empurra pra baixo, 24h por dia. Era assim que Davi se sentia.
Davi era jovem, tinha cometido um adultério, um assassinato e, pior, encobriu
tal pecado. Por falta de confissão, seu corpo definhava como se seus ossos
estivessem podres.
(Suspiro) Oh, meu
parente, quem dera você aceitasse o tratamento para o tal pecado.
“Então reconheci diante de Ti o meu pecado
e não encobri as minhas culpas.
Eu disse: ‘Confessarei as minhas transgressões
ao Senhor,
E Tu perdoaste a culpa do meu pecado’.
Como é feliz aquele que tem as suas
transgressões perdoadas
e seus pecados apagados!
Como é feliz aquele a quem o Senhor não atribui
culpa
E em quem não há hipocrisia!”
(Salmo 32.5, 1 e 2)
Não há alegria sem
confissões de pecados. Deus julgará as obras boas e as más. Quando eu entendi
que, um dia, teria de prestar contas a Deus por tudo o que faço e deixo de
fazer, me bateu um medo. Eu fico pensando nos meus pecados e dizendo: “Um dia,
vou ter que prestar contas dele a Deus. Quero que, quando chegar lá, ele seja
um dos que foram confessados e perdoados”.
Se, dar conta dos
seus erros já é uma responsabilidade grande, quem dirá dar conta do pecado que
você levou o outro a cometer? Ter ainda que conviver com as consequências
físicas e temporais de tal pecado, e fazer isso livremente?!
Como diz o Paul
Washer: “Sabia que eternidade é um tempo muito longo?”. Um pecado custou a
sanidade de toda a humanidade e todo o tempo do mundo não é suficiente para
pagá-lo.
Eu rogo ao Senhor
pela minha vida e pela vida desse casal. Que ela tema ao Senhor verdadeiramente
e abandone tal relacionamento. Ele, que seja liberto do seu pecado e tenha as
suas transgressões perdoadas para que seja feliz.
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