PELO BEM DOS MEUS RELACIONAMENTOS
Eu havia sido aprovada e estava no ensino superior! Havia ansiado por esse dia e criado mil expectativas. Conhecia o marxismo, o feminismo, o comunismo, o radicalismo da esquerda, todos os “ismos” e sabia o quanto os conservadores eram reprimidos lá. Sim, eu sabia! Eu via também muitos e muitos (muitos mesmo!) casos de pessoas conhecidas que ingressaram na universidade aparentemente com uma fé firme e não demorou muito para que, ludibriados com o discurso utópico dos comunistas, apostatassem da fé. A partir daí, já sabemos o caminho que trilham: a destruição do seu relacionamento com Deus e consequentemente a destruição do seu relacionamento consigo mesmo e com os outros. O resultado é uma profunda angústia e infelicidade mascarada coletiva.
Diante disso, eu estava ciente que não podia confiar em mim mesma para que me mantivesse firme na fé e que, se por um minuto eu fosse deixada à mercê da minha pessoa, no primeiro milésimo abandonaria o Senhor. Então, o que eu deveria fazer? Me apegar a Deus e rogar para suas misericórdias me sustentarem, aliás, se eu sou a sua ovelha, Ele me promete que ninguém me arrebatará das suas mãos (João 10.17-18). Gostaria de falar sobre apenas três das afirmações comuns na universidade que são extremamente danosas para moças que querem relacionamentos saudáveis e duradouros no Senhor.
“Uma das ênfases mais lindas da teologia reformada é justamente o fato de que o conhecimento de Deus é o que faz que nos conheçamos verdadeiramente, e ao mesmo tempo que nós nos conhecemos verdadeiramente, nós também podemos, a partir disso, ter um relacionamento com o outro que seja mais adequado; que não coloque o outro numa posição alta demais, como se ele fosse Deus e nem o coloque numa posição baixa demais como se ele fosse nada. É Jesus que se revela como verdadeiro Deus e quando recebemos essa revelação, de fato, nós consertamos o modo que nós nos vemos. Essa é a base: quanto mais nós conhecemos a Deus, mais nós nos vemos adequadamente. Se nós paramos nesse conhecimento, se nós não somos muito assíduas na leitura da Palavra, na oração que é o contato direto com ele, na meditação da Sua palavra, nós vamos ter muita dificuldade de nos ver de modo adequado e ver o outro de modo adequado. A nossa tendência vai ser o quê? A adoração é o oposto da idolatria. A idolatria é quando nós vemos o outro ou a nós mesmos de um modo tão errado que nós passamos a nos confundir e a esperar de nós e do outro prerrogativas de Deus; coisas que só Deus pode nos dar.” (Norma Braga)
1. “O cristianismo é a raiz de todos os males” - Sobre a sua relação com Deus
1. “O cristianismo é a raiz de todos os males” - Sobre a sua relação com Deus
É por aí que começa o discurso. Precisamos estar cientes que nosso relacionamento com Deus regula todos os nossos outros relacionamentos. Quando temos uma relação com Deus saudável, todas as outras relações procederão saudavelmente e o mesmo vale para o inverso. As primeiras aulas que assisti foram basicamente uma exigência para que abandonássemos todas as nossas crenças judaico-cristãs pelo sucesso da nossa vida acadêmica. Mas, e as outras religiões? Também teriam que ser abandonadas? Não. Elas devem, inclusive, ser exaltadas como exemplo de diversidade cultural. Diversidade um tanto seletiva, eu diria.
A grande questão é que Deus é aquele a quem os seus filhos costumam recorrer para que tenham uma vida abundante e sucesso em todas as áreas, e eles sabem disso tanto quanto nós. Sinto dizer que, muitas vezes, até mais que muitos cristãos (Lucas 16.8). Deus, na sua Palavra, tem tudo o que precisamos para viver bem (2 Pedro 1.3). Ele tem conselhos para nossas relações acadêmicas, profissionais, eclesiásticas, familiares, conjugais, amorosas e etc. Deus rege a vida do crente e quanto mais crentes rondam por aí, mais de Deus se pode conhecer. Eles, como ímpios coerentes que são, odeiam a Deus e tudo o que está relacionado a ele, por isso, precisam fazer com que os crentes parem de recorrer a Deus para tudo e disseminam as maiores mentiras da história do fake news. Eles sofrem da síndrome de Adão: atribuem a Deus a culpa pelas consequências dos seus pecados e não atentam ao que diz a Escritura: “Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados” (Lamentações 3.39).
Deus criou tudo bom e “a lei é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom” (Romanos 7.12), se o homem sofre, Deus não é a causa disso: “De onde procedem guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?” (Tiago 4.1). O fato de Deus ser soberano sobre tudo e todos, não o torna o responsável último pelas desgraças da sociedade. Elas são o reflexo do abandono da lei de Deus e essa, sim, é a raiz de todos os males: “E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia.” (Romanos 1.28-31)
2. “Você é deus de si mesmo” - Sobre a sua relação consigo mesma
Depois de destronar Deus, o próximo passo é achar algo para colocar no lugar, aliás, o ser humano foi criado com senso e a necessidade da divindade. Deus pôs a eternidade no coração do homem (Eclesiastes 3.11) e isso também significa que tudo o que é temporal nunca o satisfará. Sempre existirá a necessidade da divindade no ser humano. Alguém já disse que existe um vazio no homem do tamanho de Deus, e não de qualquer deus, mas do Deus verdadeiro e vivo que só podemos conhecer na Escritura e se Ele mesmo se mostrar a nós; e ainda que o homem caia no engano de retirar Deus de onde ele deveria estar, nada mais cabe de forma satisfatória no lugar.
Nós somos totalmente dependentes de Deus. Em Cristo Jesus nos movemos e existimos (Atos 17.28); Ele quem nos acrescenta os dias de vida (Mateus 6.27). Deus não apenas criou o mundo e o deixou à própria sorte, Ele é mantenedor de toda a existência (Colossenses 1.17), Ele não foi criado, mas existe em si mesmo. Fomos criados para o adorar e todas as vezes que colocamos algo no seu lugar, como dito mais acima, configura-se idolatria.
Quantas garotas não vivem em relacionamentos horríveis por causa da idolatria? Por atribuírem a si mesmas um caráter que deveria ser atribuído apenas a Deus. Tudo gira em torno delas e não de Deus. Há um egocentrismo e que não glorifica a Deus, afinal “porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11.36) O objetivo único da vida do ser humano é render glórias a Deus. Isso pode soar estranho para mulheres que estão acostumadas a ouvir que elas não são obrigadas a nada, “meu corpo, minhas regras”, “eu pertenço a mim mesma”. Queridas irmãs, isso não cabe a nós. Deus nos fez com um objetivo mais glorioso e que não se restringe a esse mundo caído e temporal. Ele nos tomará de volta para si e viveremos eternamente com Ele em alegria plena e gozo infindável.
Quantas garotas não vivem em relacionamentos horríveis por causa da idolatria? Por atribuírem a si mesmas um caráter que deveria ser atribuído apenas a Deus. Tudo gira em torno delas e não de Deus. Há um egocentrismo e que não glorifica a Deus, afinal “porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11.36) O objetivo único da vida do ser humano é render glórias a Deus. Isso pode soar estranho para mulheres que estão acostumadas a ouvir que elas não são obrigadas a nada, “meu corpo, minhas regras”, “eu pertenço a mim mesma”. Queridas irmãs, isso não cabe a nós. Deus nos fez com um objetivo mais glorioso e que não se restringe a esse mundo caído e temporal. Ele nos tomará de volta para si e viveremos eternamente com Ele em alegria plena e gozo infindável.
Que não nos deixemos ludibriar por todo o discurso de empoderamento que nos é pregado. Nós não precisamos dele! Muita gente quer Jesus e o evangelho para as coisas que lhes são convenientes. Vemos isso no relato de João 6 onde o motivo pelo qual as pessoas que ali estavam queriam Jesus, era pela comida apenas e quando Jesus proferiu aquele duro discurso, aconteceu que "à vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele.” (João 6.66) Mas, assim como Pedro, que possamos responder com veemência: “Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus.” (João 6.68-69)
3. “Nada contra a humanidade, mas prefiro gatos” - Sobre a sua relação com os outros
Deus nos fez seres sociais, isso é fato. No relato da criação, vemos que Deus, antes de criar o homem, cria animais. Quando ele criou Adão, ele vivia cercado de seres vivos, mas ainda assim Deus diz:“Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea.” (Gênesis 2.18) Mas como Adão estava só se haviam muitos animais com ele? Simples: companhia de homem é homem e não bicho. Aqui na universidade, ouvimos frequentemente as pessoas alimentando uma superestima pelos animais e muitas preferem ter trinta gatos a terem um filho. Sabemos que os animais são criação divina e existe um mandato sobre como deve ser a nossa relação com a natureza (mandato cultural, Gênesis 1.26-31) e com os animais. Existem vários textos que mostram que Deus também se importa com eles (Mateus 6.26; Deuteronômio 25.4; Provérbios 12.10; Êxodo 20.10-11), aliás, Ele ama toda a sua criação, mas Deus não nos deu os animais como companhia idônea.
Por que somos seres sociais? Já pararam pra pensar nisso? A Bíblia diz que Deus nos fez à sua imagem e semelhança e isso não quer dizer que Deus tenha mãos, pés, cabelo, corpo, porque “Deus é espírito” (João 4.24a) e não tem corpo. Ser imagem e semelhança de Deus representa que Deus pôs em nós seus atributos comunicáveis: amor, discernimento, moralidade, santidade, misericórdia e etc, e isso nos diferencia do restante da criação. Os animais receberam vida como nós, mas não foram feitos imagem e semelhança de Deus. Deus é trino e as pessoas da Trindade se relacionam entre si, por isso que somos capacitados a nos relacionar com Deus e com os outros. Não é saudável o isolamento porque não foi pra isso que Deus nos criou.
Os outros não são Deus e também nós não somos os outros. O 5º mandamento (Êxodo 20.12) diz sobre a nossa relação com os nossos superiores, inferiores e iguais. Deus também se preocupou em regular nossas relações com o outro e tem muita sabedoria e conhecimento para nos dar. Infelizmente, esse tema não poderá ser abordado de forma específica aqui, mas quero finalizar esse texto recomendando a leitura do Catecismo Maior de Westminster (CMW), especificamente das perguntas 123 a 133 (o link está mais abaixo) que tratam sobre o quinto mandamento.
Que o Senhor nos ajude em nossos relacionamentos de forma que possamos glorificá-lo em todos eles. “Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um.” (Romanos 12.3)
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Referências:
Quem somos nós? A identidade feminina segundo Jesus - Norma Braga (https://www.youtube.com/watch?v=iv9zf96wg5o)
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