Pedro e Carol: O conto - Capítulo 3
Foram duas semanas bem difíceis. Pedro, definitivamente,
estava decidido a fazer o pedido de namoro a Carol nesse fim-de-semana. Estava
super decidido! Convidou a Carol para ir ao cinema às 19:00 e dessa vez não se
atrasou. 19:00 estava tocando a campainha do seu apartamento e ela logo o
atende!
- Nossa! Chegou cedinho.
- Cansei de atrasar!
- Eu ouvi isso mesmo? – Carol pergunta com um sorriso
irônico.
- (Risos) Vai, boba! Está pronta?
- Entra aí! Estou quase! Falta apenas eu calçar os
sapatos.
Ele entra,
senta no sofá e ela fala de dentro do quarto:
- Você está
tão elegante com essa camisa de botão.
- Eu sou
lindo, eu sei!
Ela põe a
cabeça na porta do quarto: - Eu retiro o que disse!
- (Risos) As
palavras não voltam!
- Mas eu
posso me arrepender, não posso?
- Você não
se arrependeu! Eu sou lindo com camisa de botão e sem.
Ele levanta,
caminha pela sala, observa os enfeites da estante e pergunta:
- Que raios
de sapatos demorados são esses?
- Não me
apresse, Pedro!
- Ok,
Senhorita!
Ela coloca a
cabeça na porta mais uma vez:
- De quê
você me chamou?
- De
Senhorita. Por quê?
- Eu
esbarrei num moço essa semana na rua ele usou a mesma expressão.
- Humm. Sua
memória é boa assim?
- É melhor
que a sua, com certeza. Mas não dá pra esquecer, aliás, foi essa semana!
- Humm. O
quê mais ele disse?
- Nada.
Apenas perguntou se eu tinha me machucado.
- Qual o
nome dele?
- Não sei o
nome dele. Não perguntei.
- Humm.
- Ele
lembrava o ex namorado da Ericka.
- Qual
deles?
- Ai, Pedro,
assim parece que ela teve muitos namorados.
- E não
teve? Só esse ano, me lembro de 3. Carol, que demora!
Ela sai do
quarto com um vestido vermelho encantador. Pedro nunca a tinha visto tão linda.
Estava perfeita, cada detalhe. Sua pele estava radiante, seus olhos brilhavam e
o seu perfume tomou todo o cômodo. Pedro teve mais certeza de que queria aquela
mulher linda ao seu lado o resto da vida. Que ela não era linda apenas por
dentro, mas era incrivelmente charmosa. E estava ali, pronta para ser pedida em
namoro! “Será que ela sabe que eu a vou pedir em namoro?”
- Pedro?
- Ah, oi!
- Te chamei
três vezes!
- Ah,
desculpa. Você está linda, Carol!
- Ohh,
obrigada! Troquei o vestido porque te achei tão elegante e quis estar à altura.
Que bom que gostou! Vamos?
- Vamos!
Pegaram o
elevador, saíram do prédio, entraram no carro e foram.
No caminho, silêncio total. O máximo que
acontecia era uma troca de olhares rápida, alguns sorrisos amarelos... O Pedro
estava com os olhos fixos no volante e a Carol, com os olhos pela janela.
“Será que
ele vai me fazer o pedido hoje? Que silêncio mais chato.”
“Preciso
falar alguma coisa. Estou com uma mulher linda do meu lado. Não posso deixar
esse clima tenso atrapalhar tudo.”
Ambos falam
ao mesmo tempo:
- Está
longe?
- Já está
chegando!
Eles riem!
- Ok. Não
conhecia este percurso.
- É mais
perto! Em 2 minutos nós chegamos.
- Tudo bem.
Eles
chegaram, assistiram o filme. O clima estava estranho, não havia mais papo, as
conversas eram curtas, os olhares por pouco segundos, sorrisos amarelos.
O Pedro se cobrava: “O que está
acontecendo, Pedro. Onde está seu senso se humor? Fala alguma coisa. Vamos,
garoto!” Enquanto a Carol se perguntava: “O que aconteceu? Eu não to
entendendo.”
- Pedro, e o
seu irmão? Não vai casar?
- Meu irmão?
Eu não sei. Ele é muito indeciso.
- É mesmo.
Faz quanto tempo que ele está com aquela menina?
- Dois anos!
- É muito
tempo, não é? Ele deveria ter , pelo menos, feito o pedido de casamento. Não
tem por quê enrolar tanto se ele gosta dela.
- É. – A
Carol estava expondo suas idéias naturalmente. Mas o Pedro estava um tanto
sentido com esse assunto. Aliás, era isso que ele vinha fazendo há muito tempo:
enrolando! – Ele enrola muito!
- Isso não é
tão legal pra um relacionamento!
- Vamos
sentar naquela mesa ali? Está com fome?
- Um pouco.
- Vou pedir
algo pra comermos. O que você quer?
- Não sei.
“Acho que vai ter que ser
agora!” O Pedro pensou.
- Carol, falando
em relacionamentos...
O coração
dela palpitou. “Finalmente ele falaria, finalmente!"
- Sim?!
- Eu... eu
fico pensando nisso, sabe... No quanto o homem precisa de alguém, de como Deus
planejou a família e...
- Sim?! –
Ela o olha fixamente, seus olhos brilham.
- E... E...
- E?!
“Fala, Pedro! Fala logo. Minha resposta é ‘sim’!” – Pensava, sem parar, a Carol.
- E...
“Cara, como pode ser tão
difícil? VAMOS LÁ, PEDRÃO! Coragem! Fala.” – Pedro se encoraja.
- E...
Quando será que a Ericka vai entender isso, Carol?
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